É preciso ter nervos de aço É preciso ser forte e resistente Não dobrar os joelhos à fácil solução Pois somos os errados, os feios Tortos de um mundo que não nos quer Periféricos, escravos do capital Com grilhões no pescoço, revanche na mente O ódio na goela e o sangue nos olhos É preciso ter nervos de aço É preciso ser forte e resistente Com a língua afiada como faca E a mente armada como bomba Iludem-te na alegria do trabalho Encheram-te de necessidades irreais Caminhando pela rua pronto a explodir Seguimos só horizonte sem fim Na estrada feita pelos que tombaram Vence quem se atreve a ter nervos Carne e coração Não se corrompa