há sangue manchando o altar sangue escorrendo nas mesas de bar sangue enchendo a bondade dos hemocentros e sangue correndo nas veias por dentro há sangue compondo os quadros dos loucos há sangue no rosto suado do cristo há sangue enchendo os canais cavernosos há sangue uma trilha de sangue na pista há uma gota de sangue em cada poema há litros de sangue num filme de tarantino o sangue brota dos olhos da santa e escorre da testa daquele menino há o sangue que mancha o lençol de cetim e o sangue que lava os pecados carmim eu só gosto de livros escritos com sangue teu sangue não faz de mim morto o bastante