Em abril, minha vida vai mudar Graças a Deus, O outono vai chegar Eu quero ver o sol do meio dia Parecer ser sete da manhã Que é pra poder tirar fotografias Das faces da cidade na estação A onda de vento que espalha seu cabelo Quando vem chegando o trem do metrô As motocicletas que seguem sirenes Que abrem caminhos no tráfego Grafia bem estilizada pichada no alto do arranha-céu A triste história em bilhete com bala enganchada no retrovisor As pombas que vem em revoadas e defecam nas fachadas Fazem ninho em peitoris O som do seu salto sobre o ladrilho hidráulico Assentado nos mosaicos da Paulista Cardápio com prato do dia em lousa na calçada Escrita com giz O rio de luzes de freios que vai do obelisco Ao Anhangabaú Em abril, minha vida vai mudar Graças a Deus, O outono vai chegar Em abril...