Amanhã bem cedo, boto o pé na estrada,
Vou traçar meu rumo,
No sonho breve dessa toada.
Minha mãe diz: fica!
Meu pai diz: vai!
Deixa a rapaziada,
Olho vivo e certeiro,
Que um bom cavaleiro conhece a picada . . .
Diga lá seu moço, sem contar vantagem,
O que é que te leva,
Nessa aventura, nessa viagem?
Matinê dançante, forró do bom,
Bang-bang à italiana,
E no som do berrante,
Cantar as meninas de Uruguaiana . . .
Cavaleiro andante, amante do chão brasileiro,
Tenho fé no destino, menino dos olhos de Deus.
Leio pra bacharel, brigo pra coronel,
Não dispenso empreitada.
Sou de armar confusão, botar fogo no circo,
E morrer de risada . . .
Pra não fazer drama, conto um caso alegre,
Sem torcer a trama,
Perder a fama, cair do jegue.
Sou fiel no laço, na queda de braço, no cabo de guerra,
Só desfaço mal feito,
Se amigo do peito comigo não erra ...
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