Aprisionado entre a matéria e o caos
Onde o futuro e o passado são como um
Em meus sonhos eu vi um reflexo
Do inferno que o mundo se tornará
Eu busquei conhecimento dentro deste mistério
E talvez eu fui longe demais
Pois agora uma visão tão amarga e horrível
Flagela minha alma eternamente

Desprendido do refúgio da inexistência
Eu acordei numa terra miserável
Engolida pela luta desesperada
De um mundo que está se tornando um túmulo
Eu subi em uma colina apavorante
E o que eu vi lá congelou meu coração
Uma árvore em prantos tão negra quanto cinzas
Onde gigantescas nuvens de tempestade formaram-se

Eu encarei a desgraçada criatura
Sentindo o que ela já viu e conheceu
E agora no final de toda criação
Lágrimas de sangue jorram de seus galhos
E então uma figura obscura apareceu diante de mim
Debaixo de seus pés ali jaziam aqueles que eu amava
E com uma voz inumana ele afirmou para mim
Que minha vida foi paga pelo sangue deles

Então eu olhei para o vazio infinito
Enquanto um coro de lamúrias agoniantes
Me dominaram com a mais pura cacofonia
E assim novamente minha alma foi aprisionada na carne
Agora corro em direção de pálidos horizontes
Enquanto suspiro a dissolução da vida
Revelando meu destino
Em um mundo onde não resta mais esperança